Talvez você já
tenha visto o filme a troca, mas para quem não viu, esse é um filme que se
passa no ano de 1928 onde uma mãe sai para trabalhar quando volta seu filho
tinha sumido.
A primeira vez
que assisti a esse filme fiquei muito triste, pois até o final essa mãe procura
seu filho em uma busca incansável sem resultado real.
O que mais me
chamou a atenção que na época era uma
polícia britânica corrupta e ineficiente que comandava todas as operações de
resgate quando crianças desapareciam e como sabiam de sua ineficiência,
tentavam mostrar como resolviam os casos de sumiço infantil.
A
protagonista, que não queria briga com ninguém, mas não se conformava com seu
filho desaparecido, começa a procurar seu filho desde o primeiro dia por conta
própria e se alia a um pastor de uma igreja que a apoia em todo o tempo a
revelara polícia despreparada e mal intencionada.
O que mais me
chamou a atenção nesse filme, na segunda vez que assisti, foi como tudo se
revelou, para resolver o problema do assassino em série e principalmente para
revelar o lado sombrio do corpo policial da época que tratava as mulheres como
loucas quando saiam de controle pelo ponto de vista da milícia local.
Pude perceber
que até o bandido tinha uma função importante no processo de revelação de todo
esse lado obscuro policial.
O filho da
protagonista nunca foi encontrado, mas ela sempre tinha um lema: nunca comece
uma briga, mas se estiver nela vá até o final.
O escândalo
foi enorme para todos envolvidos, mas o principal foi que a polícia foi desmitificada
e todos seus enganos foram revelados.
Isso também me
lembra o filme corpo fechado. O mocinho só descobriu que era herói do filme
quando se defrontou com seu inimigo, um homem que era frágil de corpo, mas
tinha uma mente muito maligna. E teve uma hora em que não foi mais possível
viver sem fazer o adequado para o momento que era evitar a explosão de uma bomba
instalada pelo vilão em local público.
Não precisamos
viver eventos extremos para experimentarmos nosso pleno potencial e o mesmo
está sendo revelado em cada momento, inclusive nas pequenas atitudes, pois
somente nós fazemos as coisas de uma determinada maneira e todos os envolvidos
são importantes para que o resultado seja o melhor para todos que participam do
processo.
Aqui não estou
sugerindo que gostemos de vilões ou mesmo queiramos segui-los, mas é possível
perceber que tudo interage perfeitamente no universo de relacionamentos no qual
estamos. O que reforço aqui é que tudo tem uma razão de existir e agir mesmo
que não entendamos tal razão claramente.
Lembro-me de
um assalto a 4 anos atrás, no qual recuperei todos os documentos, mas o que
mais me deixou revoltada não foi o ato criminoso, mas como eu reagi quando o
policial disse que estava com a vítima na viatura no rádio que diga-se de passagem era eu! Foi
uma imensa revolta, pelo fato de eu ainda estar vivendo um lado vítima das
circunstâncias que eu não aceitava de jeito algum e como isso me moveu para
assumir as responsabilidades sobre minha vida e tudo o que me acontecia.
O ponto aqui
não é acharmos culpados para o que ocorre conosco e como somos atingidos pelo
mundo e sim percebermos que somos co-criadores de tudo o que nos acontece, seja
o que for.
Hoje consigo
entender que o que aconteceu não foi somente mais um resultado de um sistema
opressor, mas sim uma conjuntura que não permitia que eu vivesse por mais tempo
me sentindo vitimada pela vida, pelas pessoas ou mesmo por um sistema, fazendo
com que eu assumisse a responsabilidade pela minha própria vida como um todo.
Depois desse
evento realmente me determinei em cuidar de mim, me assumir como um todo,
inclusive minhas partes rejeitadas, ou consideradas inapropriadas para poder me
perceber por inteiro e poder fazer algo para mudar de forma significativa meu
centro de poder e toda vez que de alguma forma me sinto vitimada por algo que
me acontece eu faço EFT pois sei que é mais um aspecto que estou limpando dos
meus registros de vítima por tanto tempo.
Isso não
significa que precisamos matar nosso lado vítima, somente precisamos fazer com
que essa parte de nós trabalhe a nosso favor.
Eu gosto muito
de usar uma técnica que é depois de limpar os desconfortos eu coloco minha
versão de vítima na minha frente e pergunto a ela como posso agir
apropriadamente nessa situação que seja bom para todos os envolvidos inclusive
eu.
Segundo Jung,
o lado vítima todos tem, mas uma de suas funções é impedir que sejamos
vitimados, parecendo uma coisa contrastante, perguntar logo para o lado vítima
como pode ter resultado diferente e para mim parece bem simples a resposta:
esse nosso lado já sabe todos os códigos de como é se sentir vítima e por isso
sabe também as saídas para cada condição de vitimação, como se fosse um
psicólogo de plantão especializado em tal fenômeno a nossa disposição.
Assim são os arquétipos,
que não passam de formas aglutinadas de energia que vestimos para experimentar
nosso potencial em condição mais apropriada para cada um. Todos vem com no
mínio 12 arquétipos como diz Caroline Myss, especializada no assunto nos
Estados Unidos.
Tudo tem um propósito, inclusive o que consideramos desagradável em nós, então que estejamos cada dia mais abertos para nos aceitarmos integralmente, para que possamos usar todas as nossas ferramentas disponíveis para interação conosco e com o mundo, de uma forma mais produtiva e suave para todos!
lindo dia de autoaceitação para você que lê minha postagem no blog!